terça-feira, 12 de junho de 2012

DESLOCAMENTO DE PRESOS


WANDERLEY SOARES, O SUL
Porto Alegre, Terça-feira, 12 de Junho de 2012.


Por vezes chego a pensar que jornalistas são mais vigiados do que apenados que são levados para audiências.

Ao reivindicar melhores condições de trabalho, em especial a aquisição de viaturas, coletes balísticos e verba para deslocamento em serviço, os servidores do NSD (Núcleo de Segurança e Disciplina), órgão da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), responsável pelos milhares de deslocamentos de presos para audiências e transferências, poderão suspender as suas atividades a partir de 18 de junho.

Os agentes penitenciários realizaram Assembleia Setorial no dia seis, quarta-feira última, e deliberaram que por viajarem somente com o pronto pagamento das diárias, mas ao realizarem deslocamentos de presos para audiências sem possuírem eles, os agentes, coletes balísticos e sem que as viaturas apresentem condições confiáveis para tais tarefas, não haverá outra saída a não ser paralisar essas atividades partir de 18 de junho. Sigam-me.

Transversalidade

São tantas as angústias de cada cidadão no seu cotidiano em relação à sua segurança e de sua família, que não lhe cabe lembrar que o complexo da segurança pública do Estado compreende as organizações policiais - Brigada Militar e Polícia Civil - a parte técnica-científica, que é o IGP (Instituto-Geral de Perícias) e as casas prisionais a cargo da Susepe (Supertintendência dos Serviços Penitenciários).

Pois os agentes penitenciários, que são os profissionais da Susepe que lidam 24 horas por dias de forma direta com os mais diferentes tipos de delinquentes, desde o simples vigarista ao matador profissional, precisem chamar a atenção do governo, como uma paralisação, para que recebam coletes balísticos, viaturas confiáveis, armas de máxima modernidade, treinamento permanente. E assim caminha a transversalidade do Piratini na área da segurança pública.

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